Conto Social - Thaynara

Sociedade Brasileira de Pediatria, campanha publicitária contra o trabalho infantil. Disponível em <https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/basta-de-trabalho-infantil/>

THAYNARA

  Em Itapema,  havia uma senhora que trabalhava recolhendo, pela cidade, materiais recicláveis, como, latinhas de metal, garrafas plásticas, papelão e outros materiais que tivessem algum valor. Junto com ela, andava sua filha, Thaynara. A mãe da menina não a deixava em casa, porque a garota tinha apenas 8 anos. A criança ajudava sua mãe, enquanto a mulher ia com o seu carrinho de mão, coletando os bens encontrados. Sua filha andava de loja em loja, pessoa por pessoa, oferecendo balas de goma para vender, com o intuito de ajudar sua mãe. 
Thaynara ia à escola, mas não tinha muito tempo fora dela para fazer as atividades, estudar para provas e fazer trabalhos. Sem contar com os dias que faltava à aula para ir com sua mãe, pois o dinheiro que ela conseguia vendendo as balas de goma era necessário para o complemento da renda familiar. Isso prejudicava muito seu rendimento escolar, porque ela chegava cansada na escola.
Sua família veio do Amapá com a ideia de que, no sul, iriam aparecer novas oportunidades de vida, mas, chegando em Santa Catarina, o pai de Thaynara desapareceu sem dar notícias durante dois anos, deixando sua esposa e filha para trás e sem dinheiro para comprar o necessário para comer. Como sua mãe é analfabeta e  não conseguiu nenhum emprego fixo, ela começou a coletar materiais recicláveis, trabalhar de diarista e colocou sua filha para ajudar, vendendo balas de goma.
Thaynara ficava muito cansada depois de vender nas ruas as suas balas, por isso ela quase nunca brincava em casa e ia para a escola com pouca disposição na maioria das vezes. O trabalho acabou tirando o lazer da garota, mas se ela não continuasse a trabalhar, poderia acontecer de não ter dinheiro para comprar o básico e comer.
  Felizmente, chegou o dia em que elas saíram das ruas, porque um dono de condomínio gostou do trabalho da mulher e a contratou para trabalhar regularmente no lugar. Com isso, ela teve um salário fixo, e a Thaynara pode, agora, ir a escola descansada, pois ela não precisa mais trabalhar nas ruas.
Carlos Kluge, aluno do 9º ano do C.E.M. Giovania de Almeida

Comentários

  1. Unknown13 de maio de 2020 às 05:05

    Gostei da relação de mãe e filha contada no conto.

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  2. Unknown1 de março de 2022 às 17:49

    (aluna Milena): uma história com um final feliz! Realmente a situação de Thaynara não poderia continuar por muito tempo.. afinal ela tinha somente 8 anos e já estava nas ruas.. a criança precisa muito ser alfabetizada, e é esta fase uma das mais importantes, onde aprendemos coisas que levamos para a vida! fico feliz pela mãe de Thaynara ter conseguido um emprego e assim, ter uma vida melhor.

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  3. Unknown2 de março de 2022 às 10:29

    Gostei do conto, realmente teve um final feliz, e mostra a relação boa da Thaynara com a mãe dela, oq muitas pessoas não conseguem ter.

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  4. Unknown3 de março de 2022 às 01:12

    gostei muito do conto, achei bem legal.

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  5. Cristiano3 de março de 2022 às 01:48

    achei muito interessante a relação que tem entre mãe e filha, elas tem uma ligação muito forte

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  6. Unknown3 de março de 2022 às 01:52

    Adorei esse conto me interessei bastante, achei super bem escrito etc.
    Eduarda-9°ano

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